terça-feira, 4 de setembro de 2018

DER VAI BLOQUEAR PONTE DO BRAGUETO NESTE FINAL DE SAMANA


O DER vai interditar a Ponte do Bragueto neste fim de semana. A interdição vai
acontecer entre às 7h e 17h de sábado e de domingo. 
As quatro faixas de rolamento serão fechadas para a instalação de estruturas 
metálicas do viaduto.
Um desvio será feito  para o Balão do Torto.

Regularização: Arniqueira é a próxima região do DF a ter venda direta

Terracap publica nesta sexta o edital para os moradores cadastrarem os lotes no processo de regularização. Primeira fase inclui 1.464 imóveis de 43 condomínios e chácaras




Os condomínios do Setor Habitacional Arniqueira serão os próximos regularizados por venda direta. A Agência de Desenvolvimento de Brasília (Terracap) publica hoje o edital de chamamento para que os moradores da região cadastrem seus lotes. A expectativa é de que a empresa lance o edital para venda dos terrenos até meados de setembro.

O setor tem 7,7 mil lotes, divididos em nove etapas. A primeira fase da regularização inclui 1.464 imóveis de 43 condomínios e chácaras (veja aqui a lista de condomínios incluídos na etapa inicial). Além do atendimento presencial e do registro de dados pelo site da Terracap, os moradores do setor terão um novo canal para fazer o cadastramento: a empresa lançou ontem um aplicativo para que a inclusão de dados seja realizada por meio do celular.

O projeto urbanístico da primeira etapa do Setor Arniqueira foi aprovado pelo Conselho de Planejamento Urbano e Territorial (Conplan) em maio. A partir do cadastramento, a Terracap vai analisar os lotes sem pendências urbanísticas, ambientais ou fundiárias, prontos para a venda direta. A regularização dos próximos trechos depende da aprovação de projetos das outras etapas. Duas fases serão debatidas pelo Conplan em agosto e, se as propostas forem aprovadas, a venda direta desses imóveis deve ocorrer até o fim do ano.

Benefícios

O presidente da Terracap, Júlio César Reis, explica que o registro dos moradores é uma etapa importante da venda direta, além de ser fundamental para que os ocupantes dos lotes tenham direito a benefícios da regularização. “Com o cadastro, os moradores entram no programa de venda direta e farão jus ao desconto de 25% para pagamentos à vista ou para quitações no prazo de um ano”, destaca o presidente da companhia.

Júlio diz que o lançamento do aplicativo da Terracap trará celeridade e precisão ao registro dos ocupantes de terrenos. “A gente pede que, se possível, os moradores usem o aplicativo na própria casa, já que o sistema identifica pelo GPS a localização precisa do lote. Isso evita erros no momento de selecionar o endereço e inibe incongruências no processo de cadastramento”, justifica o presidente da empresa.

Em uma das etapas de Vicente Pires, por exemplo, 3,9 mil moradores se cadastraram mas só 3,4 mil terrenos acabaram incluídos em edital. Uma das principais inconsistências identificadas foi troca de endereços no momento do cadastramento, problema que deve ser reduzido com a adoção da nova tecnologia. O aplicativo da Terracap está disponível para aparelhos IOS e Android.

Avaliação

A avaliação dos terrenos do Setor Arniqueira começou e, em até 45 dias, os preços estarão disponíveis para os moradores da região. “Do valor dos imóveis, serão deduzidos os gastos realizados pela comunidade com infraestrutura e a valorização dela decorrente”, assegura Júlio César Reis. Além de fazer a avaliação de mercado dos terrenos, a empresa quantifica ainda os investimentos que os moradores fizeram para construir ruas, meios-fios e sistema de energia elétrica, por exemplo.

As regras da venda direta em Arniqueira são as mesmas adotadas em outros condomínios regularizados pelo GDF, como o Ville de Montagne e o Solar de Brasília, na região do Jardim Botânico, e as primeiras etapas de Vicente Pires. Além do desconto de 25% para pagamentos à vista, o GDF oferece outros benefícios, como o parcelamento em até 240 vezes.

Para ter direito a esse prazo de pagamento, a soma da idade do morador e do tempo de parcelamento não pode ser maior do que 90 anos. Só podem aderir à regularização quem comprovar que ocupou o imóvel até 22 de dezembro de 2016. Até agora, o governo já realizou a venda direta de cerca de 7 mil imóveis, dos quais 3,4 mil foram homologados e tiveram a escritura emitida pelo cartório.

Fonte: CB, 04.9.2018

Regularização: preço de lotes em condomínio de Sobradinho gera impasse



Em levantamento preliminar, lotes do Condomínio Vivendas Lago Azul, da União, tiveram valores mais altos dos que terrenos de parcelamentos do Lago Sul
A venda direta de lotes no Condomínio Vivendas Lago Azul, anunciada em junho e celebrada pela comunidade da região, esbarra nos preços dos lotes. Os valores definidos pela Caixa Econômica Federal foram considerados altos pelos moradores do parcelamento, que apresentaram questionamentos à Secretaria de Patrimônio da União e aguardam a divulgação oficial da tabela de preços. No levantamento preliminar entregue a representantes da comunidade, os terrenos foram avaliados em valores que chegam a R$ 304 mil. A quantia é considerada alta para os padrões de Sobradinho. No início do ano, o GDF regularizou imóveis do Condomínio Solar de Brasília, no Lago Sul, pelo preço médio de R$ 188 mil. Pela estimativa apresentada pela SPU, a União pode lucrar até R$ 50 milhões com a negociação de terrenos no parcelamento.
O Lago Azul é o primeiro condomínio em terras do governo federal a ser regularizado. Em junho, o 7º Ofício de Registro de Imóveis liberou as escrituras dos 174 terrenos. Com a documentação, a Secretaria de Patrimônio da União anunciou o início do processo de venda direta, com expectativa de lançamento do edital até o fim de julho. No último dia 20, diretores da SPU se reuniram com representantes dos moradores no Ministério do Planejamento, para apresentar a avaliação realizada pela Caixa Econômica Federal. Mas os números decepcionaram a comunidade.
A síndica do Condomínio Lago Azul, Júnia Bittencourt, reclama da metodologia adotada pela SPU. A expectativa dos ocupantes era de que houvesse um abatimento de até 40% do valor, referente à valorização ocorrida a partir dos investimentos em infraestrutura realizados pelos moradores. “Achávamos que a Secretaria de Patrimônio da União usaria os critérios adotados pela Terracap para avaliação dos terrenos, das benfeitorias e para estimar a valorização decorrente das despesas da comunidade. Mas fomos surpreendidos pela forma de cálculo da Caixa Econômica Federal, que fixou valores de lotes mais altos do que os estipulados pela Terracap para condomínios na região do Lago Sul, como o Ville de Montagne e o Solar de Brasília”, comenta Bittencourt.
O Artigo 16 da Lei nº 13.465/2017 determina que “a aquisição de direitos reais pelo particular ficará condicionada ao pagamento do justo valor da unidade imobiliária regularizada”. Ainda segundo esse dispositivo, o preço final deve ser definido “sem considerar o valor das acessões e benfeitorias do ocupante e a valorização decorrente da implantação”. Júnia Bittencourt diz que o método de cálculo da Caixa desconsiderou a valorização existente a partir das obras de infraestrutura.
O analista de sistemas Sérgio Augusto Novaes Cabral, 53 anos, mora no Lago Azul desde 2002. Ele conta que a expectativa da comunidade quanto à regularização era grande, mas afirma que o levantamento preliminar de preços apresentados pela SPU “foi um balde de água fria”. “Todo mundo ficou muito frustrado, já que esperávamos um preço justo. Nossa esperança era de que a regularização saísse logo do papel, mas não dessa maneira”, comenta. “Ter a propriedade do terreno é a realização de um sonho. Espero que a SPU fixe valores justos, porque, com a avaliação da Caixa, a maioria dos moradores não vai poder comprar os lotes”.
Legislação
A sanção da Medida Provisória 759 e o lançamento do Programa Nacional de Regularização Fundiária, oficializados em julho, permitiram a legalização dos parcelamentos construídos em terras da União no Distrito Federal e flexibilizaram a venda direta em outras áreas. A partir da publicação da Lei nº 13.465/2017, o governo federal renovou convênios de cooperação com lideranças comunitárias de Vicente Pires e dos condomínios Lago Azul e Vivendas Bela Vista, em Sobradinho. À época, existia a expectativa de que a SPU poderia repassar áreas para a Terracap, que ficaria responsável pela regularização. Mas o governo federal anunciou que tocaria a venda direta de seus lotes. No Lago Azul, os moradores financiaram projetos urbanísticos e estudos ambientais, mas não conseguiram concluir a sonhada legalização.
A MP 759 permitiu a venda direta em áreas da União — até então, a única saída legal era a licitação com direito de preferência. O texto também permitiu facilidades como o financiamento em até 240 meses, o uso do FGTS e a aplicação de descontos de até 25% para quem pagar à vista. Quem não puder comprar o lote ocupado poderá optar por manter o pagamento de taxas de ocupação à União. Desde 1993, os moradores do Lago Azul pagam taxa ao governo federal pelo uso da área pública.
Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Patrimônio da União informou que a metodologia para a definição do valor final dos terrenos ainda não está acertada. “O laudo da Caixa foi entregue, mas ainda não há definição sobre a metodologia que será usada na valoração dos imóveis no Condomínio Lago Azul. Essa definição deve ocorrer nos próximos dias”, diz a nota da SPU.
R$50 milhões
Valor que o governo federal poderá lucrar com a regularização do condomínio
174
Total de lotes do Lago Azul
Fonte: CB, 04.9.18