A notícia caiu feito uma bomba para os
moradores dos cinco condomínios da Etapa 2 do Jardim Botânico: as terras onde
estão os 1.225 lotes são públicas e pertencem a Terracap. Foi o que decidiu o Conselho
Especial do Tribunal de Justiça do DF nesta terça-feira (26/07), que negou
recurso especial apresentado por um grupo que, em 2008, impugnou o registro da
área em cartório.
Agora, o GDF poderá fazer o registro em
cartório e iniciar a venda direta dos terrenos aos atuais ocupantes. A Terracap,
no preço de mercado, deverá descontar as benfeitorias realizadas pelos
moradores e, então, num prazo de 60 dias, iniciar a venda. Após o edital de
convocação, os moradores terão um prazo de 90 dias para manifestar sua vontade
de comprar. Quem não se manifestar, o terreno irá para licitação.
Seguindo os critérios utilizados em 2007, na
primeira e última venda direta de lotes em condomínios, realizada pelo GDF, que
deu um desconto de 60%, os terrenos custarão em média R$ 180 mil.
A história – O GDF, em 2007, após ter feito a venda dos
terrenos dos condomínios da Etapa I do Jardim Botânico, enviou para cartório a
documentação para registro da área da Etapa II, onde estão localizados os
condomínios Parque das Paineiras, Jardim Botânico I, Jardim Botânico VI,
Mirante das Paineiras e parte do Estância Jardim Botânico.
Isso se passou em 2008, quando, então,
moradores entraram na Justiça com um pedido de impugnação do registro.
Oito anos depois, o Conselho Especial do TJDFT
determinou que o cartório libere as escrituras em nome da Terracap e agora não
cabe mais recurso. Quem comprou, terá que pagar novamente, desta vez ao
Governo.
Valor – A Terracap já tem o valor da infraestrutura realizada pelos
moradores. Falta apenas fazer a atualização. O valor gasto com água, energia
pública, asfalto, canalização de água e esgoto, calçadas, meios-fios etc será
abatido do valor de mercado. O morador irá pagar apenas o valor da terra nua.
A previsão da Terracap é arrecadar cerca de R$
250 milhões.
Pela legislação existente, os moradores poderão
parcelar os terrenos em até 240 meses.
Os terrenos comerciais e os vazios não entram
na venda direta. Serão licitados.
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