quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Ação na Justiça pede derrubada de decreto que impediu regularização do Solar de Athenas no modelo de loteamento aberto



Empresa paulista tenta a todo custo que condomínio Solar de Athenas seja regularizado como loteamento aberto


No início deste mês, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) para derrubar o Decreto Legislativo 2.189, de janeiro deste ano, que sustou o Decreto 36.139/2014, que aprovava o projeto para regularizar o Condomínio Solar de Athenas.


Localizado no Setor Habitacional Grande Colorado, na antiga Fazenda Paranoazinho, o Solar de Athenas, com 387 lotes, foi implantado há mais de 30 anos. Segundo explica o presidente da Associação de Moradores (ProAthenas), Nilcélio Nunes da Silva, conhecido como professor Nil, a aprovação do decreto 36.139, no finalzinho de 2014, bem no apagar das luzes da gestão passada (governo Agnelo), não levou em consideração o posicionamento dos moradores, que há muitos anos lutam pela aprovação do residencial no formato de condomínio.

Ele explica que toda a infraestrutura e mesmo o processo de regularização era conduzido pelo pelos moradores. “Anos mais tarde, chegou na região uma empresa, a Urbanizadora Paranoazinho (UPSA), se dizendo proprietária de toda a antiga fazenda, onde já existia implantado 54 condomínios. O que temos recebido deles são pressões para que compremos novamente nossos terrenos, além de quererem regularizar os condomínios daqui como loteamento aberto e, claro, sem nossa participação. Isso não é justo por todos aqueles que há anos lutam pelas melhorias na região”, explicou o presidente da Associação.

A história do decreto – No apagar das luzes do governo do PT, o governador Agnelo assinou um decreto aprovando o projeto do Solar de Athenas no modelo de loteamento aberto, sem ao menos ouvir os moradores, apenas a empresa UPSA.  Os moradores se mobilizaram e conseguiram mostrar aos deputados que o decreto assinado somente atendia aos interesses da empresa.

Desta maneira, a Câmara aprovou o Decreto Legislativo 2.189, no dia 12 de janeiro deste ano, tornando sem efeito o decreto assinado pelo ex-governador Agnelo, em 2014, e impedindo que a empresa UPSA pudesse fazer o registro em cartório do residencial no formato de loteamento aberto.
Agora é esperar pra ver como vai ficar a situação, que promete ainda muito chão pela frente, pois os representantes da UPSA procura a todo custo desacreditar os moradores, uma vez que o grupo entrou com pedidos de usucapião das terras por não concordar em pagar novamente pelo que já é deles.
“Aqui é uma terra particular. Em terra particular não há grileiros. Compramos e pagamos nossos lotes. Construímos nossas casas e todas as benfeitorias que existe no condomínio e na região”, conclui o professor Nil.

Professor Nil, presidente da Associação ProAthenas


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