quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Uso de energias renováveis terá R$ 600 milhões de investimento

 Grupo de Trabalho elabora proposta para instalar usinas de tratamento que transformarão os resíduos da coleta convencional em combustível


Modelo seguirá o padrão europeu, que permite o tratamento de 100% dos resíduos domiciliares | Foto: Divulgação/Sepe


Por meio de uma portaria conjunta, órgãos da administração pública direta e indireta do Distrito Federal criaram um Grupo de Trabalho (GT) encarregado de elaborar proposta direcionada ao marco regulatório para a política distrital de produção, distribuição e comercialização de biogás/biometano.  O documento, publicado no Diário Oficial do DF (DODF), visa incentivar e ampliar o uso de energias renováveis na matriz energética da capital federal.

Coordenado pela Secretaria de Projetos Especiais (Sepe) e pela Agência Reguladora de Águas (Adasa), o GT é composto por representantes desses dois órgãos e das secretarias de Economia (Seec), de Obras e Infraestrutura (SO) e de Meio Ambiente (Sema).

O objetivo é transformar as áreas de transbordo e as usinas de compostagem do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) em unidades de tratamento mecânico-biológico (UTMBs), às quais caberá tratar todo o resíduo da coleta convencional, transformando-o em combustível. A Usina de Compostagem do P Sul é uma das que poderão produzir o biogás e biofertilizantes com valor comercial. 

A meta é ampliar o tratamento de resíduos sólidos urbanos no DF de 30% para 94%, com geração de biogás associada, aumento da reciclagem e redução de material aterrado. “Todo esse trabalho é consequência da cooperação técnica entre a Sepe, o SLU e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial [Unido], firmada em janeiro deste ano”, destaca o secretário.

“É uma forma de recuperarmos, mesmo que parcialmente, um pouco do desperdício causado pela geração de resíduos pela população e empresas”, explica o assessor especial da presidência do SLU, Guilherme Almeida. “É também uma ação concreta para a redução da emissão de gases de efeito estufa, responsáveis pela destruição da camada de ozônio.”

Fonte: Agência Brasilia

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