quarta-feira, 28 de maio de 2014

Moradores do Estância Jardim Botânico fazem carreata até o Buriti








Moradores de condomínios que estão em processo de regularização marcharam na manhã desta quarta-feira (28) do estacionamento do Ginásio Nilson Nelson, nos arredores do Estádio Nacional de Brasília, até o Palácio do Buriti em protesto contra a derrubada de casas na região e pela duplicação da DF-001. Mais cedo, eles fizeram uma carreata desde o Jardim Botânico,bloqueando o trânsito na Ponte JK por 15 minutos. O ato fez com que a organização suspendesse a distribuição de vouchers para a visitação à Taça da Copa do Mundo, que ocorre na arena.
O grupo se reuniu na Praça do Buriti. Com faixas, bandeirinhas e dois carros de som, eles pediram que um representante do governo descesse para discutir a respeito do processo de regularização das áreas dos condomínios em que moram.
"Queremos o direito de exercer o direito à moradia. A nossa luta é justa, honesta e democrática. A Copa é do povo, mas o dinheiro da Copa não vai ser do povo", disse um homem que não se identificou ao falar pelo alto-falante do carro de som.
Um dos manifestantes chegou a ser recebido por um representante do governo. Depois, o grupo se movimentou para a frente do Ministério Público, do outro lado da via. Eles chegaram a dar as mãos enquanto gritavam pedindo para serem recebidos por algum promotor. Cinco foram chamados para discutir o tema dentro da sede.
O protesto começou por volta de 8h, na região dos condomínios do Jardim Botânico. De acordo com a Polícia Militar, mais de 70 automóveis partiram do local em direção à área central da capital do país. A corporação acompanhou a movimentação, que até as 11h40 não registrou incidentes. O objetivo era evitar maiores prejuízos ao trânsito.
Por causa da manifestação, a organização do Tour da Taça da Copa do Mundo suspendeu a distribuição de vouchers para o evento, que ocorre no estacionamento do Estádio Nacional. Apenas pessoas que já tinham feito agendamento estão autorizadas a entrar na área onde o troféu está exposto. A segurança na região foi reforçada.
Nesta terça, as visitas também foram canceladas depois que manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar durante um protesto contra o Mundial. Responsável pela exposição, a Coca-Cola classificou as manifestações como parte do "processo democrático", mas lamentou que o protesto tenha impedido que centenas de pessoas conseguissem visitar a taça.

Manifestação
        A 16 dias da abertura da Copa do Mundo, integrantes de movimentos sociais que criticam os gastos públicos com o evento, indígenas contrários a mudanças nas regras para demarcação de terras e familiares do auxiliar de serviços gerais que sumiu há um ano após abordagem policial se juntaram em uma manifestação no Eixo Monumental. O grupo entrou em confronto com a PM, que usou gás lacrimogêneo para conter o avanço em direção ao estádio.
Um cabo da cavalaria foi ferido por uma flecha durante o ato. O policial foi atendido pela ambulância do Samu e passa bem, segundo a corporação. Apesar de ter sido flagrado, o índio que disparou a flecha não foi preso, informou a  Polícia Militar.

Conforme a assessoria da Funai, desde 1988 os índios são responsáveis pelos seus atos e podem ser presos pela PM. A única restrição é com relação à prisão dentro de aldeia, que exige a presença da Polícia Federal, segundo a assessoria.
O protesto durou cerca de duas horas e reuniu 2,5 mil pessoas na área central da cidade. O trânsito ficou congestionado na região, atingindo 27 quilômetros de engarrafamento. O tráfego precisou ser desviado para a W3 Norte.

Fonte: Do G1 DF

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