Moradores
de condomínios que estão em processo de regularização marcharam na manhã desta
quarta-feira (28) do estacionamento do Ginásio Nilson Nelson, nos arredores do
Estádio Nacional de Brasília, até o Palácio do Buriti em protesto contra a
derrubada de casas na região e pela duplicação da DF-001. Mais cedo, eles
fizeram uma carreata desde o Jardim Botânico,bloqueando o trânsito na Ponte JK por 15
minutos. O ato fez com que a organização suspendesse a distribuição de vouchers
para a visitação à Taça da Copa do Mundo, que ocorre na arena.
O
grupo se reuniu na Praça do Buriti. Com faixas, bandeirinhas e dois carros de
som, eles pediram que um representante do governo descesse para discutir a
respeito do processo de regularização das áreas dos condomínios em que moram.
"Queremos
o direito de exercer o direito à moradia. A nossa luta é justa, honesta e
democrática. A Copa é do povo, mas o dinheiro da Copa não vai ser do
povo", disse um homem que não se identificou ao falar pelo alto-falante do
carro de som.
Um
dos manifestantes chegou a ser recebido por um representante do governo.
Depois, o grupo se movimentou para a frente do Ministério Público, do outro
lado da via. Eles chegaram a dar as mãos enquanto gritavam pedindo para serem
recebidos por algum promotor. Cinco foram chamados para discutir o tema dentro
da sede.
O
protesto começou por volta de 8h, na região dos condomínios do Jardim Botânico.
De acordo com a Polícia Militar, mais de 70 automóveis partiram do local em
direção à área central da capital do país. A corporação acompanhou a
movimentação, que até as 11h40 não registrou incidentes. O objetivo era evitar
maiores prejuízos ao trânsito.
Por
causa da manifestação, a organização do Tour da Taça da Copa do Mundo suspendeu
a distribuição de vouchers para o evento, que ocorre no estacionamento do
Estádio Nacional. Apenas pessoas que já tinham feito agendamento estão
autorizadas a entrar na área onde o troféu está exposto. A segurança na região
foi reforçada.
Nesta
terça, as visitas também foram canceladas depois que manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar durante
um protesto contra o Mundial. Responsável pela exposição, a Coca-Cola
classificou as manifestações como parte do "processo democrático",
mas lamentou que o protesto tenha impedido que centenas de pessoas conseguissem
visitar a taça.
Manifestação
A 16 dias da abertura da Copa do Mundo, integrantes de movimentos sociais que criticam os gastos públicos com o evento, indígenas contrários a mudanças nas regras para demarcação de terras e familiares do auxiliar de serviços gerais que sumiu há um ano após abordagem policial se juntaram em uma manifestação no Eixo Monumental. O grupo entrou em confronto com a PM, que usou gás lacrimogêneo para conter o avanço em direção ao estádio.
A 16 dias da abertura da Copa do Mundo, integrantes de movimentos sociais que criticam os gastos públicos com o evento, indígenas contrários a mudanças nas regras para demarcação de terras e familiares do auxiliar de serviços gerais que sumiu há um ano após abordagem policial se juntaram em uma manifestação no Eixo Monumental. O grupo entrou em confronto com a PM, que usou gás lacrimogêneo para conter o avanço em direção ao estádio.
Um cabo da cavalaria foi ferido por uma flecha durante
o ato. O policial foi atendido pela ambulância do Samu e passa bem, segundo a
corporação. Apesar de ter sido flagrado, o índio que disparou a flecha não foi
preso, informou a Polícia Militar.
Conforme
a assessoria da Funai, desde 1988 os índios são responsáveis pelos seus atos e
podem ser presos pela PM. A única restrição é com relação à prisão dentro de
aldeia, que exige a presença da Polícia Federal, segundo a assessoria.
O
protesto durou cerca de duas horas e reuniu 2,5 mil pessoas na área central da
cidade. O trânsito ficou congestionado na região, atingindo 27 quilômetros de
engarrafamento. O tráfego precisou ser desviado para a W3 Norte.
Fonte: Do G1 DF
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