O Governador Agnelo Queiroz sancionou e foi publicada no Diário Oficial
do DF de hoje (15/07) a Lei Complementar 869 que autoriza a manutenção dos
condomínios fechados no Distrito Federal.
Para a secretária de Regularização de Condomínios, Regina Amaral, “esse
é um passo importante para a solução de um problema que se arrasta há muitos
anos e para atender aos anseios dessa população”. Com a nova lei, os moradores
podem solicitar junto a SERCOND, mediante requerimento, autorização para
manutenção dos muros e das portarias existentes. “O documento não significa
autorização para novas obras e nem reformas. Apenas para manutenção do que já
existe”, esclarece a titular da Pasta.
O PLC, de autoria do Poder Executivo, foi aprovado na última sessão
plenária do semestre pelos deputados distritais. Em maio, o Tribunal de Justiça
havia considerado a lei anterior inconstitucional por vício formal, isto é, não
atendeu o estabelecido na Lei Orgânica do DF: não houve audiência pública para
ouvir a sociedade e o formato de tramitação do projeto anterior não foi de lei
complementar, que exige maioria para aprovação, isto é, 50% mais um dos
parlamentares da Câmara Legislativa.
Para sanar o problema, a Secretaria de Regularização de Condomínios, em
junho, ouviu os moradores em audiência pública e o projeto aprovado na Câmara
desta vez foi um Projeto de Lei Complementar.
Há anos, os moradores dos condomínios do DF lutam pela manutenção dos
muros e portarias, a exemplo de outras capitais, cuja proposta contou o com o
apoio do deputado Agaciel Maia, que tanto o ano passado quanto este ano
encaminhou Indicação para que o Governo apresentasse, com urgência, projeto de
lei regulamentando o assunto.
Emissão de autorização - Para
os loteamentos implantados e com processo de regularização em andamento, a
Secretaria de Condomínios (SERCOND) pode emitir autorização transitória para a
manutenção da portaria e dos muros. “A autorização transitória terá validade
até a regularização do condomínio, isto é, o registro do projeto em cartório”,
explica a secretária Regina.
Para se manter fechado após a
regularização, o condomínio pode receber o direito real de uso onerosa
referente às vias internas e as áreas de lazer. Nessa situação encontram-se os
cinco condomínios já regularizados – Portal do Lago Sul, Estância Jardim Botânico,
San Diego, Mansões Califórnia e Morada
de Deus. E, em breve, o Alto da Boa Vista, em Sobradinho.
“Com o fechamento, os moradores
passam a ser responsáveis pela manutenção de paisagismo, pela coleta de
resíduos e pela vigilância, manutenção,
guarda e limpeza das áreas comuns internas”, explicou a representante da
SERCOND.
Uma
questão de segurança - Para quem optou por morar em
condomínio fechado, uma nova modalidade que tomou conta de todo país, a lei
veio para regularizar uma situação existente há muitos anos. “Isso significa
mais segurança, pois há um controle rígido de entrada na portaria, rondas
feitas diuturnamente e monitoramente através de câmeras em todo o condomínio.
Eu me sinto muito mais tranqüila. Posso sair de casa com muito mais tranqüilidade,
até mesmo para viajar”, disse Denilcy, moradora de condomínio no Jardim
Botânico.
Para Regina Amaral, o fechamento
do perímetro é também uma maneira de controle e preservação do espaço ocupado,
sem que haja expansão, principalmente das áreas públicas.
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