quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Quatro mil casas foram demolidas no DF no primeiro semestre deste ano





     No primeiro semestre deste ano, quase quatro mil construções irregulares foram derrubadas pela Seops (Secretaria de Ordem Pública e Social), segundo dados do Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo. Operações pela erradicação de edificações irregulares em área pública e nas áreas administrativas são realizadas, segundo o governo, para evitar a expansão de moradias e a construção de casas em áreas de proteção ambiental.
     O número representa um aumento de 135% em relação ao mesmo período do ano passado. Ceilândia, Sobradinho, São Sebastião, Itapoã e Planaltina foram as regiões com o maior número de operações realizadas na erradicação em área pública.
     A Seops comanda operações de combate a expansão, grilagem e ocupação irregular de lotes. A fiscalização cobre todas as áreas do DF, e é realizada todos os dias, inclusive nos fins de semana e feriados. A vigilância também é feita com o sobrevôo de áreas com o apoio operacional do helicóptero da Polícia Militar.
      A população também contribuiu com pelo menos 20% das operações, realizadas depois de denúncia pela Ouvidoria Geral do GDF, no telefone 156. O subsecretário de Defesa do Solo e da Água da Seops, Nelson Müller, alerta que os moradores correm risco de perder os imóveis e que não há indenização nos casos de erradicação em área pública e que as pessoas podem conviver em situações de risco.
     — Em área irregular, o morador está sujeito a inundações, desmoronamentos, deslizamentos, erosões, consumo de água intoxicada e falta de acesso a serviços públicos.
     Grande parte das áreas irregulares do Distrito Federal é monitorada. As ações acontecem sem aviso prévio em vários pontos estratégicos do Distrito Federal.
"Terrorismo"
     Emerson Francisco da Silva mora em Vicente Pires, área administrativa do DF, há três anos e afirma que as derrubadas são um terrorismo para quem mora nas áreas em processo de regularização. Segundo o morador, quando ocorrem operações de derrubadas na região ninguém sai de casa.
     — As derrubadas não têm cunho social nem ambiental. Ambiental porque eles derrubam e não recolhem os destroços e social porque não oferece para o morador outra situação de moradia.
     Para a professora de Arquitetura e Urbanismo Rejane Jung, o governo deve controlar a ampliação de ocupações irregulares, mas, para os locais que já estão consolidados, o GDF deve dar uma solução.
— Não quer dizer que todas as habitações que se encontram em determinada área serão mantidas, algumas em situação de risco e de preservação devem ser retiradas. O governo regulariza as áreas de interesse social, seja em terra pública ou particular.
A Sedhab (Secretaria de Desenvolvimento Habitacional do DF) explica que trabalha no processo de regularização de áreas e cuida dos projetos urbanísticos. Os condomínios que estão em processo de regularização podem ser encontrados no site www.regularize.df.gov.br.

Grilagem

     Outra preocupação do governo é com a apropriação de terras públicas feita de modo indevido e por meio de falsificação de documentos de titularidade da terra, conhecida como grilagem. Em grande parte dos casos, as áreas são parceladas e vendidas para a população.
     Na última semana, um terreno público de 10 hectares seria dividido em 336 lotes e vendido em Sobradinho, região administrativa do DF. O valor médio cobrado por unidade seria de R$ 60 mil por lote, o que renderia cerca de R$ 20 milhões para os grileiros.
     A Seops alerta que um novo lançamento imobiliário tem divulgação ampla. Se o suposto corretor fez anúncios somente em classificados de jornais e apresentar a área a ser parcelada de forma secreta, há uma boa chance de o empreendimento ser ilegal. Se o loteamento é regular, será devidamente registrado e autorizado. O primeiro passo é procurar a Administração Regional da cidade do empreendimento.

Fonte: R7


Áreas irregulares: Quinze edificações ilegais foram derrubadas no Distrito Federal

20/07/2012 – Fiscalização derruba 15 construções irregulares em três regiões do DF. Uma das construções tinha 300 m² de área edificada. Operação no Altiplano Leste ocorreu após queda de liminar na Justiça.

O Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo do Distrito Federal realizou nesta quinta-feira (19) três operações de retirada de construções irregulares em áreas públicas. Os agentes estiveram em Taguatinga, Cidade Estrutural e Paranoá. Foram demolidas 15 edificações, uma delas, com mais de 300 m² de área edificada, ficava em um condomínio de luxo, no Paranoá. Outras três edificações foram derrubadas no mesmo local.

De acordo com informações da Secretaria de Estado da Ordem Pública e Social e de Controle Interno (Seops), no Paranoá a fiscalização atuou na região do Altiplano Leste, no Condomínio Privê Morada Sul Etapa C.

Segundo a Seops, as construções irregulares avançaram no local por conta de uma liminar na Justiça que garantia a continuidade das obras. A decisão foi revogada com a queda da liminar, em maio.

Na Cidade Estrutural, o comitê derrubou a maior quantidade de construções. Os donos das construções receberam o prazo de 10 dias para removerem as edificações por conta própria ou poderão ser multados.

Autor: G1

Um comentário:

  1. DERRUBADA EM VICENTE PIRES

    A Seops e a AGEFIS tem feito constantes derrubadas de imóveis em Vicente Pires, estão fazendo um verdadeiro terrorismo com quem está construindo, mas alguns, chegam sem notificação, sem aviso e com todo o aparato e derrubam na maior covardia. Digo covardia porque somente derrubam alguns imoveis, outros eles passam ao lado várias vezes e estes viram grandes edifícios. No final Semana passada vocês estiveram na Rua 05 , chácara 116 onde está sendo construído um grande edifício, com todo o aparato, tratores e muita gente, começaram a derrubar um prédio. Ai chegou o Administrador local, Glênio Silva, mais os proprietários e com algumas conversas, alguém grita para o trator parar. Param e logo mais a tardinha quase escurecendo aparece no local dois fiscais, vão para dentro com os proprietários, conversam bastante, os fiscais saem sorrindo e vão embora. A obra continua normalmente. Ontem na Colonia Agrícola Samambaia, chegaram e derrubaram uma obra de uma pessoa humilde, não tiveram piedade e nem apareceu administradores ou outras pessoas da Administração. Porque? o que uma obra tem diferente da outra? Filmamos tudo o que aconteceu na obra da 116, igual a esta existe varias outras. Tenho inclusive fotos dos fiscais no novo condomínio da rua 03, fundo o Brasil Verde, onde também conversaram, derrubaram um pouco e saíram sorrindo satisfeito. Estou fazendo uma matéria, pois achei muito suspeito... Será que alguém está recebendo propina para não derrubar algumas obras? É muito suspeito tudo isso. Tem que parar com toda derrubada ou então derrubar todas. E ai Sr. Administrador, o que realmente aconteceu na Rua 05? e porque não aconteceu o mesmo nas outras derrubadas?

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