No primeiro semestre deste ano, quase
quatro mil construções irregulares foram derrubadas
pela Seops (Secretaria de Ordem Pública e Social), segundo dados do Comitê de
Combate ao Uso Irregular do Solo. Operações pela erradicação de edificações
irregulares em área pública e nas áreas administrativas são realizadas, segundo
o governo, para evitar a expansão de moradias e a construção de casas em áreas de proteção ambiental.
O número representa um aumento de
135% em relação ao mesmo período do ano passado. Ceilândia, Sobradinho, São
Sebastião, Itapoã e Planaltina foram as regiões com o maior número de operações
realizadas na erradicação em área pública.
A Seops comanda operações de combate
a expansão, grilagem e ocupação irregular de lotes. A fiscalização cobre todas
as áreas do DF, e é realizada todos os dias, inclusive nos fins de semana e
feriados. A vigilância também é feita com o sobrevôo de áreas com o apoio
operacional do helicóptero da Polícia Militar.
A população também contribuiu com
pelo menos 20% das operações, realizadas depois de denúncia pela Ouvidoria
Geral do GDF, no telefone 156. O subsecretário de Defesa do Solo e da Água da
Seops, Nelson Müller, alerta que os moradores correm risco de perder os imóveis
e que não há indenização nos casos de erradicação em área pública e que as
pessoas podem conviver em situações de risco.
— Em área irregular, o morador está
sujeito a inundações, desmoronamentos, deslizamentos, erosões, consumo de água
intoxicada e falta de acesso a serviços públicos.
Grande parte das áreas irregulares do
Distrito Federal é monitorada. As ações acontecem sem aviso prévio em vários pontos
estratégicos do Distrito Federal.
"Terrorismo"
Emerson Francisco da Silva mora em Vicente Pires, área administrativa do DF, há
três anos e afirma que as derrubadas são um terrorismo para quem mora nas áreas
em processo de regularização. Segundo o morador, quando ocorrem operações de derrubadas na região ninguém sai de casa.
— As derrubadas não têm cunho social
nem ambiental. Ambiental porque eles derrubam e não recolhem os destroços e
social porque não oferece para o morador outra situação de moradia.
Para a professora de Arquitetura e
Urbanismo Rejane Jung, o governo deve controlar a ampliação de ocupações
irregulares, mas, para os locais que já estão consolidados, o GDF deve dar uma
solução.
— Não quer dizer que todas as
habitações que se encontram em determinada área serão mantidas, algumas em
situação de risco e de preservação devem ser retiradas. O governo regulariza as
áreas de interesse social, seja em terra pública ou particular.
A Sedhab (Secretaria de
Desenvolvimento Habitacional do DF) explica que trabalha no processo de
regularização de áreas e cuida dos projetos urbanísticos. Os condomínios que
estão em processo de regularização podem ser encontrados no site www.regularize.df.gov.br.
Grilagem
Outra preocupação do governo é com a
apropriação de terras públicas feita de modo indevido e por meio de
falsificação de documentos de titularidade da terra, conhecida como grilagem.
Em grande parte dos casos, as áreas são parceladas e vendidas para a população.
Na última semana, um terreno público
de 10 hectares seria dividido em 336 lotes e vendido em Sobradinho, região
administrativa do DF. O valor médio cobrado por unidade seria de R$ 60 mil por
lote, o que renderia cerca de R$ 20 milhões para os grileiros.
A Seops alerta que um novo lançamento
imobiliário tem divulgação ampla. Se o suposto corretor fez anúncios somente em
classificados de jornais e apresentar a área a ser parcelada de forma secreta,
há uma boa chance de o empreendimento ser ilegal. Se o loteamento é regular,
será devidamente registrado e autorizado. O primeiro passo é procurar a
Administração Regional da cidade do empreendimento.
Fonte: R7
Áreas irregulares: Quinze edificações ilegais foram
derrubadas no Distrito Federal
20/07/2012 – Fiscalização derruba 15 construções
irregulares em três regiões do DF. Uma das construções tinha 300 m² de área
edificada. Operação no Altiplano Leste ocorreu após queda de liminar na
Justiça.
O Comitê
de Combate ao Uso Irregular do Solo do Distrito Federal realizou nesta
quinta-feira (19) três operações de retirada de construções irregulares em
áreas públicas. Os agentes estiveram em Taguatinga, Cidade Estrutural e
Paranoá. Foram demolidas 15 edificações, uma delas, com mais de 300 m² de área
edificada, ficava em um condomínio de luxo, no Paranoá. Outras três edificações
foram derrubadas no mesmo local.
De acordo
com informações da Secretaria de Estado da Ordem Pública e Social e de Controle
Interno (Seops), no Paranoá a fiscalização atuou na região do Altiplano Leste,
no Condomínio Privê Morada Sul Etapa C.
Segundo a
Seops, as construções irregulares avançaram no local por conta de uma liminar
na Justiça que garantia a continuidade das obras. A decisão foi revogada com a
queda da liminar, em maio.
Na Cidade
Estrutural, o comitê derrubou a maior quantidade de construções. Os donos das
construções receberam o prazo de 10 dias para removerem as edificações por
conta própria ou poderão ser multados.
Autor: G1
DERRUBADA EM VICENTE PIRES
ResponderExcluirA Seops e a AGEFIS tem feito constantes derrubadas de imóveis em Vicente Pires, estão fazendo um verdadeiro terrorismo com quem está construindo, mas alguns, chegam sem notificação, sem aviso e com todo o aparato e derrubam na maior covardia. Digo covardia porque somente derrubam alguns imoveis, outros eles passam ao lado várias vezes e estes viram grandes edifícios. No final Semana passada vocês estiveram na Rua 05 , chácara 116 onde está sendo construído um grande edifício, com todo o aparato, tratores e muita gente, começaram a derrubar um prédio. Ai chegou o Administrador local, Glênio Silva, mais os proprietários e com algumas conversas, alguém grita para o trator parar. Param e logo mais a tardinha quase escurecendo aparece no local dois fiscais, vão para dentro com os proprietários, conversam bastante, os fiscais saem sorrindo e vão embora. A obra continua normalmente. Ontem na Colonia Agrícola Samambaia, chegaram e derrubaram uma obra de uma pessoa humilde, não tiveram piedade e nem apareceu administradores ou outras pessoas da Administração. Porque? o que uma obra tem diferente da outra? Filmamos tudo o que aconteceu na obra da 116, igual a esta existe varias outras. Tenho inclusive fotos dos fiscais no novo condomínio da rua 03, fundo o Brasil Verde, onde também conversaram, derrubaram um pouco e saíram sorrindo satisfeito. Estou fazendo uma matéria, pois achei muito suspeito... Será que alguém está recebendo propina para não derrubar algumas obras? É muito suspeito tudo isso. Tem que parar com toda derrubada ou então derrubar todas. E ai Sr. Administrador, o que realmente aconteceu na Rua 05? e porque não aconteceu o mesmo nas outras derrubadas?